segunda-feira, 31 de maio de 2010

Contabilidade de Custos por: Felipe Mol

A contabilidade Geral busca mais a análise externa da instituição, apurando assim resultados globais, que na maioria das vezes são apurados anualmente enquanto a Contabilidade de custos busca uma análise interna da empresa visando captar o que se passa nas diferentes áreas da empresa, e buscando resultados e apurações em períodos menores. A contabilidade de custos teve seu maior impulso a partir da Revolução Industrial, onde devido ao grande e rápido crescimento das industrias, veio a se tornar um mecanismo de imensa importância no intuito de ajudar os administradores a controlar seus estoques e a aplicar as diferentes formas de custeio.

A contabilidade de custos é um ramo da contabilidade que não é obrigatório; é destinada a análise, registro, coleta, identificação de custos, dados e informações; na maioria das vezes, internas de uma instituição e de diversos segmentos da mesma. Estas informações são úteis em diversos setores da empresa, além de servirem e ajudarem na avaliação de estoque, cumprimento das exigências fiscais, avaliação de desempenho, controle gerencial e operacional, no auxilio quanto a elaboração de um plano de ação, auxilio quanto a formação do preço de venda a ser praticado, e também servindo de mapa, ou melhor dizendo bússola, nas tomadas de decisões; apontando, ou melhor, indicando o possível caminho certo a se seguir. Isto é possível por ser um estudo que possibilita uma visão sistêmica e detalhada dos custos de produção, e por oferecer ao administrador uma visão transparente dos custos da instituição, a contabilidade de custos com todos estes benefícios, se tornou uma ferramenta muito importante, que deve estar sempre sendo desfrutada por parte do administrador, na elaboração de metas, planos de ação e estratégias em geral.

Para que seja feita a apuração os custos são classificados em:

  • Custos fixos, que embora tenham um valor total que não se altera com a variação da quantidade de bens ou serviços produzidos, seu valor unitário se altera de forma inversamente proporcional à alteração da quantidade produzida. Ex.: O pagamento de aluguel.

  • Custos variáveis, em bases unitárias possuem um valor que não se altera com alterações nas quantidades produzidas, porém, cujos valores totais variam em relação direta com a variação das quantidades produzidas. Ex.: Matéria prima.

  • Custos semi-variaveis que são aqueles que possuem uma parcela fixa e uma parcela variável quando o nível de atividade varia.

  • Custos diretos possuem parcelas definidas apropriadas a cada unidade ou lote produzidas. Geralmente são representados por mão-de-obra direta e matérias primas.

  • Custos indiretos são todos os outros custos que dependem da adoção de algum critério de rateio para sua atribuição à produção.

Por menor que seja a empresa ou a instituição, as informações que são geradas ao longo dos anos ou períodos são de um volume muito superior ao possível de ser armazenada ou se necessário posteriormente localizado sem uma especifica, organizada e detalhada anotação. Informações que a principio podem parecer irrelevantes mais que se mostram fundamentais para um acompanhamento da evolução da empresa. Este armazenamento criterioso possibilita até mesmo a comparação de custos específicos dos resultados dos anos anteriores com o ano atual.

Os principais métodos de custeio são:

  • Custeio por absorção
  • Custeio variável ou direto
  • Custeio ABC
  • Gestão econômica

Foi-se o tempo em que a contabilidade era feita apenas para atender normas ficais e tributarias, hoje todo administrador sabe que aquele registro contábil está repleto de informações verídicas, e detalhadas que são de grande importância para uma tomada de decisão por exemplo; sem contar que os custos de se manter um registro contábil organizado e bem feito são altos e que se não bem usufruídos, tornam-se um desperdício de tempo dinheiro e espaço, mais apenas se torna um desperdício caso não seja usado para outros fins além do registro fiscal e tributário.

Graças a contabilidade de custos é possível distinguir o custos de diferentes produtos, podendo assim identificar minuciosamente o quanto cada produto gasta para ser confeccionado; levando em conta matéria prima, mão de obra, e todos os outros custos indiretos de fabricação para cada unidade de produto; ou seja é possível ter em mãos com exatidão o custo do material envolvendo todos os setores que fazem parte da produção além dos custos indiretos de fabricação e assim poder ter dados reais para se basear quando na criação do preço de venda do produto e de projeções futuras; ferramenta que possibilita trabalhar com um preço que se garante, gerando lucro e dando rotatividade na empresa. Imagina por exemplo se essa ferramenta não é corretamente usada ou até mesmo que ela seja desconhecida pelo administrador, que na hora de formação do preço de venda leva em conta apenas os custos primários (matéria-prima, embalagem, mão de obra) se esquecendo dos secundários e indiretos, fazendo com que o administrador esteja propicio a se tabelar um preço que parece ser conveniente mais que na verdade está arrastando toda a instituição para o “buraco”, por não levar em conta todos os outros gastos existentes em uma instituição. Este é um simples, mais real exemplo de que a contabilidade de custos nos dias de hoje - ainda mais em mercados como os de hoje que se tornam mais competitivos a cada dia - é essencial para o sucesso do administrador e conseqüentemente o sucesso da empresa.